26/09/2008

é facil

É fácil estar contigo, ser contigo…
Ir a tua casa, fazer-me de convidada para jantar, é fácil aceitar o teu computador quando mo ofereces para gravar um cd, fazer brindes com comida, fazer cara de macakinha…
Enfim, até onde chegámos conseguimos ir mais longe porque tudo o que já passámos já ninguém nos tira nem abala…
È bom sentir que é fácil estar contigo e ser contigo!

08/09/2008

vida a dois

Ou melhor vida a duas...
Nem sempre é fácil, especialmente quando se vive com alguém por condição e não por opção.
Mas como fazer para que as coisas corram bem se: se insiste pendurar o pano do pó junto das pégas da cozinha?; quando se gasta energia desnecessária a fazer máquinas unicamente com 3 panos da cozinha ou 5 cuecas?; tira a minha roupa que está para lavar da máquina e lava a dela 1ª?; só dá a saudação quando lhe petece e está bem humorada?; se deita fora comida ainda em prazo de validade?; traz o namorado para passar o fim-de-semana em casa e nem avisa?...

Eu vivo com uma prima e é assim que vivo. Respiro fundo, retiro importancia ao assunto e tento aguentar.

06/09/2008

na Polónia












Estive em Varsóvia 1 dia e meio, revi amigos, conheci uma bébe linda e visitei ruas cheias de turistas, pessoas aterefadas a caminho da missa e um grupo de portugueses.


dançar, dançar, dançar....


A paixão pelas danças de salão começaram em Maio de 2006 no Fundão… O grupo era divertido o professor um amante da dança e estava sempre a 1000 à hora, bem disposto, vocacionado sem dúvida para dançar.
Zacarias, homenagem te seja feita, OBRIGADA pela paciência para as minhas perguntas perfeccionistas, e pelo carinho como ensinas.

Um convite de trabalho fez-me mudar de planos e, deixei o Fundão e as danças de salão…
Em Lisboa não é fácil encontrar par (pré-requisito obrigatório em qualquer escola), e a vontade de continuar a dançar e a aprender fiou adiado.

Hoje, com as arrumações do costume encontro um papel com todas os estilos de dança que sabia dançar os passos básicos, agora só me lembro metade dos estilos…

Danças de salão Modernas ____________________Danças sociais

v Valsa Inglesa (lenta) ________________________v Rock
v Valsa Vianense ____________________________ v Mambo
v Tango ____________________________________v Salsa
v Fox trot __________________________________v Merengue
v Fox trot nacional __________________________v Sevilhanas
v Quick step
v Slow Rithm


Danças Latinas
v Cha Cha Cha
v Paso doble
v Samba
v Rumba
v Jive
v Bolero

Quero continuar a dançar, porque a dançar sinto-me mais que feliz, descontraída, sorridente…
O Francisco em jeito de brincadeira perguntou-me “a menina consegue-me o prazer desta dança?”, e eu aceitei voltarei sempre a aceitar, nem que seja para não esquecer

03/09/2008

a teoria dos ex-amigos

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“A amizade é uma experiência mais frequente que o amor; mas todos os dias ouvimos histórias sobre ex-maridos, ex-namoradas, ao passo que pouca gente fala dos ex-amigos. E ao nosso lado há amizades que acabaram, como uma implosão de um edifício em ruínas, estrépito abafado e uma grande nuvem de pó. Disso fica apenas um grande silêncio.
As pessoas não gostam de reconhecer que a amizade é um laço frágil. A mitologia diz que os amigos são indestrutíveis e eternos. Há por isso um grau de decepção no fim de uma amizade que cobre de vergonha os envolvidos.
Uma paixão amorosa está umbilicalmente ligada a dimensões mais superficiais e passageiras, como o aspecto físico ou o desejo sexual. Quando o amor acaba, a tragédiaé minimizada porque já sabíamos que o “amor acaba”. O fim de uma amizade é uma surpresa mais chocante. Quando uma amizade acaba temos de reconhecer, contrariados, que a amizade, tal como o amor, é uma eternidade fraudulenta.
Norman Podhoretz escreveu uma curiosa autobiografia chamada Ex-Friends (2000), em que conta como se zangou com todos os americanos. No caso de Podhoretz, as amizades terminam por discórdias politicas. (…) A amizade suporta bem opiniões divergentes. Eis o que uma amizade não aguenta: deslealdades, traições, ausências, crueldades, competições, impiedades. Já passei por algumas rupturas violentas, e sei que as amizades acabam porque pomos em causa o carácter do amigo (ou ele o nosso). Reparem que não me refiro às amizades que se desvanecem, à intensidade que diminui, às pessoas com quem vamos perdendo contacto aos poucos, sem premeditação, só porque mudaram os nossos hábitos ou as nossas circunstancias. De tempos a tempos, todos temos amigos de quem já não somos amigos. Mas isso é muito diferente de um ex-amigo.
Um ex-amigo é alguém a quem um dia entregamos as chaves todas que tínhamos. Teve acesso total às nossas ideias e emoções. Um ex-amigo foi sempre um amigo íntimo. É isso que explica o decoro antiquado com que evitamos o assunto. O ex-amigo representa um juízo ético errado. É uma mancha humana. Um momento em que nos enganamos completamente sobre a humanidae, ou sobre um humano em concreto.É fácil dizermos “eu achava que estava apaixonado e garantirmos que confundimos o amor com uns olhos azuis. Mas com um amigo, que é um peixe de águas profundas, não temos essa desculpa. Quem é que diz” eu achava que era amigo dele”? O fim de uma paixão revela um erro comum. O fim de uma amizade é um erro pessoal. Sem direito a perguntas.
O ex-amigo nunca nos é indiferente. Uma das minhas regras sagradas de conduta é que nunca digo mal de um ex-amigo. Isso é tanto mais estranho quanto sou capaz de dizer mal de um amigo, em casos graves. Mas um ex-amigo é como uma invertigação policial inconclusiva. É um caso arquivaso por desistência e que pesa na consciência.(…)
Ao mesmo tempo, o ex-amigo não é exactamente um inimigo. É um fantasma, uma assombração de que nos lembramos sempre, como nos lembramos das mulheres que amámos. O Amigo entro u na cidade proibida e agora não nos perdoamos que ele tenha visto os leões e os archeiros. Quando nos arrependemos de uma intimidade sexual, deitamos as culpas para a loucura temporária que é o desejo. Mas nunca perdoamos o entusiasmo lúcido com que fizemos amigos e depois os perdemos. Não estamos sequer arrependidos: estamos tristes com uma tristeza mais suportável e mais duradora que a tristesa amorosa. Quando nos cruzamos com um ex-amigo e não nos cumprimentamos, pesa no coração o logro que é a fraternidade. Sem a qual a igualdade e a liberdade afinal não valem nada”

By Pedro Mexia
In jornal Público
16 .08.2008
Eu tenho um ex-amigo e nem sempre é facil assumir... __________________________________________________________________________________________________