31/05/2007

Cores




A dama em preto e branco nos cinzento
domingos. A amarelinha nos azuis.
Papagaios carmim rosa magenta
levantados no céu, braços em cruz.

Verdes anos. Do rio as pardacentas
águas acalentavam corpos nus.
Mexericas e ameixas cismarenta
sao pôr-do-sol filtravam ouro e luz.

Da imprensa marrom não se sabia.
Laranja, só a fruta mereciao nome.
Na inocência iam as horas.
O bispo em sua roupa solferino.
Nos dedos andarilhos dos meninoso
roxo corrompido das amoras.

Maria Thereza Noronha

24/05/2007

Divagações II

"The doors we open and close each day
decide the lives we live."

18/05/2007

Insuflávelmente Feliz

A melhor prenda de todas...
Andas-te cerca de 300 Km para estares comigo...
O almoço, os sorrisos, os presentes...

http://www.youtube.com/watch?v=b_NiAXc1wQ8

"Sei que sabes que sim e que para mim" és muito importante!

11/05/2007

Enfim...

"Estava Miguel Sousa Tavares na TVI a comentar a nova Lei do Tabaco quando da sua boca saltou esta pérola:
o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não há quem lhes corte o pio.
Que bela comparação. Afinal, o que é uma nuvenzinha de nicotina ao pé de um miúdo de goela aberta?
Vai daí, para justificar a fineza do seu raciocínio, Sousa Tavares avançou para uma confissão pessoal: "Tive a sorte de os meus pais só me levarem a um restaurante quando tinha 13 anos." Há umas décadas, era mais ou menos a idade em que o pai levava o menino ao prostíbulo para perder a virgindade. O Miguel teve uma educação moderna - aos 13 anos, levaram-no pela primeira vez a comer fora.
Senti-me tocado e fiz uma revisão de vida.
É que eu sou daqueles que levam os filhos aos restaurantes. Mais do que isso.
Sou daquela classe que Miguel Sousa Tavares considerou a mais ameaçadora e aberrante: os que levam "até bebés de carrinho!". A minha filha de três anos já infectou estabelecimentos um pouco por todo o país, e o meu filho de 14 meses babou-se por cima de duas ou três toalhas respeitáveis. É certo que eles não pertencem à categoria CSI (Criancinhas Simplesmente Insuportáveis), já que assim de repente não me parece que tenham por hábito exibir a glote cada vez que comem fora - mas, também, quem é que acredita nas palavras de um pai? E depois, há todo aquele vasto campo de imponderáveis: antes de os termos, estamos certos de que vão ser CEE (Crianças Exemplarmente Educadas), mas depois saltam cá para fora, começam a crescer e percebemos com tristeza que vêm munidos de vontade própria, que nem sempre somos capazes de controlar.
O que fazer, então? Mantê-los fechados em casa? Acorrentá-los a uma perna do sofá? É uma hipótese, mas mesmo essa é só para quem pode. Na verdade, do alto da sua burguesia endinheirada, e sem certamente se aperceber disso, Miguel Sousa Tavares produziu o comentário mais snobe do ano.
Porque, das duas uma, ou os seus pais estiveram 13 anos sem comer fora, num admirável sacrifício pelo bem-estar do próximo, ou então tinham alguém em casa ou na família para lhes tomar conta dos filhinhos quando saíam para a patuscada. E isso, caro Miguel, não é boa educação - é privilégio de classe.
Muita gente leva consigo a prole para um restaurante porque, para além do desejo de estar em família, pura e simplesmente não tem ninguém que cuide dos filhos enquanto palita os dentes. Avós à mão e boas empregadas não calham a todos. A não ser que, em nome do supremo amor às boas maneiras, se faça como os paizinhos da pequena Madeleine: deixá-la em casa a dormir com os irmãos, que é para não incomodar o jantar"

João Miguel Tavares Jornalista

10/05/2007

O cigano mudo


Desde que me lembro de ser gente que chego ao fim da Rua da Quinta e lá vejo o cigano a gesticular e esbracejar.
Ás vezes faz asneiras e a comunicação dele é muito especial, a maioria das vezes é ilógica e sem sentido para os mais racionais.
Fica exactamente naquele sítio quer faça sol ou chuva. Senta-se numa caixa de plástico ou aquelas de madeira da fruta.
No outro dia vi-o a andar e, para espanto meu, ele anda… Sempre o vi de pé ou sentado mas no mesmo sito, imóvel da cintura para baixo.
Diz-se que o cigano só abandona aquele sítio quando morrer porque vai para lá todos os dias à espera da mãe que viu um dia partir para o cemitério e nunca mais voltou.

09/05/2007

pão em Castelo Novo









Passo 1










Passo 2












Passo 3











Passo 4













Passo 5











Passo 6



Ultimamente vamos passar a tarde de Domingo a Castelo novo...
E por instantes tudo passa ao antigamente e ao tradicional...