10/05/2007

O cigano mudo


Desde que me lembro de ser gente que chego ao fim da Rua da Quinta e lá vejo o cigano a gesticular e esbracejar.
Ás vezes faz asneiras e a comunicação dele é muito especial, a maioria das vezes é ilógica e sem sentido para os mais racionais.
Fica exactamente naquele sítio quer faça sol ou chuva. Senta-se numa caixa de plástico ou aquelas de madeira da fruta.
No outro dia vi-o a andar e, para espanto meu, ele anda… Sempre o vi de pé ou sentado mas no mesmo sito, imóvel da cintura para baixo.
Diz-se que o cigano só abandona aquele sítio quando morrer porque vai para lá todos os dias à espera da mãe que viu um dia partir para o cemitério e nunca mais voltou.

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